Duro, bombril, ruim, pixaim. Esses são alguns dos adjetivos usados para se referir ao cabelo crespo dos negros na linguagem popular. Seja no caso de homens ou mulheres, negros ou brancos, o cabelo crespo é geralmente rejeitado.
Ao longo dos anos, a atitude de quem tem cabelos crespos foi a mudança para o cabelo alisado, um visual que se aproxima do padrão delimitado pela sociedade. Para muitos negros, porém, assumir seus cabelos ao natural, sem intervenção química, tornou-se uma forma de manifestar seu sentimento de identidade, o que se liga diretamente às suas raízes africanas.
Foi desse modo que na década de 1960 o visual black power influenciou os jovens a não cortar os cabelos, aceitando, assim, suas características de origem. Com a explosão das músicas de Bob Marley na década de 1970, cabelos rastafáris também passaram a fazer parte da cultura negra que cantava a liberdade e valorizava a cultura afro.
Muitos estilos foram criados a partir de penteados que marcam as características culturais de negritude: black power, dreadlocks, tranças, canecalons, etc.
Atualmente, jovens de todas as tribos, sejam negros ou não, têm assumido os mais diferentes visuais, abrindo caminho para a diversidade no meio em que vivem."
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